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O que é mais importante: trabalho ou vida pessoal?

Foto do escritor: Básico 365Básico 365

Pela primeira vez, o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal superou o salário como o principal motivo de escolha dos trabalhadores, segundo um estudo global sobre o ambiente de trabalho, que já está em sua 22ª edição.


A pesquisa, realizada pela empresa de recrutamento holandesa Randstad, analisou 26 mil trabalhadores em 35 países. O resultado mostrou que 83% dos entrevistados consideram o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal mais importante do que a remuneração (82%).


Esse estudo surge em um momento em que se testam semanas de trabalho de quatro dias e muitas empresas tentam trazer os funcionários de volta ao escritório após a experiência de trabalho remoto na pandemia. A Randstad alertou que essa insistência pode ser um erro, já que 31% dos entrevistados disseram ter saído do emprego devido à falta de flexibilidade.

"Trabalhar hoje vai além de receber um salário. As pessoas buscam ambientes que combinem com seus valores, aspirações e necessidades pessoais", afirmou o CEO da Randstad, Sander van 't Noordende.


Semana de 4 dias úteis Liderado por pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, o estudo avaliou o impacto de um estudo pioneiro de quatro dias por semana, realizado no Reino Unido entre junho e dezembro de 2022. Das 61 empresas que participaram - entre elas varejistas online, provedores de serviços financeiros e restaurantes - 56 se comprometeram a tornar a mudança permanente.


Os pesquisadores descobriram que 71% dos participantes relataram níveis mais baixos de esgotamento, com 39% dizendo que estavam menos estressados do que antes do teste. Além disso, 60% descobriram que eram mais capazes de combinar o trabalho remunerado com as responsabilidades de cuidado, enquanto 62% disseram que era mais fácil combinar o trabalho com a vida social.

Sem surpresa, isso se traduziu em uma redução de 65% nos dias de licença médica e uma queda de 57% no número de funcionários que saem em comparação com o mesmo período de seis meses do ano anterior. 

As preocupações de que a mudança de trabalhadores para uma semana de quatro dias afetaria os lucros não se materializaram. De fato, quando comparadas a um período semelhante de anos anteriores, as organizações relataram aumentos de receita de 35% em média.


Fonte: Good News

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